Na noite de 11 de novembro de 2025, no Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC (MArquE) foi inaugurada a exposição “50 anos da Independência de Angola”, parte das atividades do Novembro Negro da UFSC.
Organizada pela Associação dos Angolanos em Florianópolis (Assaf), sob coordenação de Elisa Dulce João Fundanga, em parceria com o Instituto Kadila de Estudos Africanos e das Diásporas,
coordenado pela Profª Drª Ilka Boaventura Leite, a exposição conta com apoio do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), do MArquE, da Secretaria de Cultura, Arte e Esporte (SeCArtE), da Pró-reitoria de Extensão (Proex), da Secretária de Relações Internacionais (Sinter) e do Núcleo de Estudos de Identidades e Relações Interétnicas (NUER).
A exposição reforça o pertencimento da comunidade angolana em Florianópolis e celebra os 50 anos de independência, apresentando momentos marcantes da história de Angola — da guerra colonial à independência em 1975 — e aspectos da sociedade contemporânea, como geografia, cultura, línguas, educação, literatura, música e culinária. Também inclui registros de viagens dos professores Ilka Boaventura Leite e Nazareno José de Campos ao Deserto de Namibe, realizados durante o Projeto Kadila (2012-2018). São apresentadas fotografias, mapas, livros, esculturas, artes têxteis e artefatos diversos, além do vídeo “Línguas de Angola”, produzido pelo projeto “Multilinguismos: diálogos com a Educação” (CNPq), coordenado pela Profª Cristine Gorski Severo, com edição de Gregório Tchitutumia e Luiz Fillipe Fernandes.

De acordo com Elisa Fundanga, a mostra nasceu do desejo de celebrar as origens do povo angolano, suas conquistas, além de afirmar a sua presença na cidade de Florianópolis. “Queremos que a comunidade angolana se sinta parte da cidade, reconhecendo suas contribuições e mantendo viva a memória e o futuro de Angola, mesmo na diáspora” – destaca a presidente da ASSAF.
“Estamos mostrando um pouco de Angola, um pouco do país, da geografia, do meio ambiente, todas essas questões que, no entendimento da própria comunidade angolana, fazem parte das conquistas que vieram com as guerras de libertação colonial, que estão completando agora 50 anos (…) A comunidade angolana aqui da nossa universidade, que é a maior, tem muito orgulho da sua história, da sua experiência cultural e essa exposição também é para dar a conhecer aos brasileiros um pouco da África”, explica a professora Ilka Leite.
A mostra pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 7h às 19h (entrada até 18h30), até o início de fevereiro. Agendamentos de grupos devem ser feitos pelo e-mail marquevisita@gmail.com ou pelo telefone/WhatsApp (48) 3721-6421.


