Comunicado à Comunidade do CFH
Conforme Memorando circ. 021/PU/2011 da Prefeitura Universitária, comunicamos que haverá desligamento de energia elétrica no CFH e arredores no próximo dia 15/11 (terça-feira, feriado), das 8h às 12h. Leia mais »
Conforme Memorando circ. 021/PU/2011 da Prefeitura Universitária, comunicamos que haverá desligamento de energia elétrica no CFH e arredores no próximo dia 15/11 (terça-feira, feriado), das 8h às 12h. Leia mais »
No Brasil, todos os dias morrem em média 10 mulheres por violência doméstica ou por atentados de seu parceiro, amante, namorado, etc. Em 2010 as denúncias de violência doméstica contra mulher cresceram 112%. Os relatos de violência somaram 62.301 registros, sendo que 36.059 foram de violência física; 16.071 de violência psicológica; 7.597 de violência moral; 826 de violência patrimonial; e 1.280 de violência sexual. Foram registrados 239 casos de cárcere privado. O balanço mostra também que em 68,1% dos casos a violência contra a mulher é presenciada pelos filhos. Além disso, em 16,2% das situações o filho sofre a violência junto com a mãe. Os atendimentos mostram ainda que 39,6% das mulheres dizem sofrer violência desde o início da relação. Outras 57% afirmaram que são agredidas física ou psicologicamente todos os dias. Em mais da metade dos casos, as mulheres disseram correr risco de morte. Diga NÃO a violência contra mulher! O Núcleo Margens convida para a Mostra de Imagens pelo fim da Violência contra a Mulher. Leia mais »
APRESENTAÇÃO
Este E-Book foi produzido pela turma 01/2011 do curso de Leitura Crítica e Produção Textual oferecido pelo Programa de Capacitação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por intermédio da Divisão de Capacitação e Afastamento para Formação, do Departamento de Desenvolvimento de Potencialização de Pessoas, da Pró–Reitoria de Desenvolvimento Humano e Social (DCAF/DDPP/PRDHS/UFSC), entre aulas presenciais e virtuais, oportunizando exercitar o servidor da UFSC na leitura crítica e na produção escrita de diversos gêneros discursivos. Partiu-se do pressuposto de que a comunicação oral e escrita, tanto no âmbito profissional quanto no pessoal, faz parte do dia a dia de todos e, por isso, é importantíssima, pois é por meio dessa competência que conseguimos nos comunicar, fazer negócios, trabalhar, viver… e conviver.
Cronicar é um livro que foi escrito num momento em que o conceito de capacitação na UFSC começa a ser reengendrado, o espaço desterritorializado, o tempo flexibilizado, e o servidor um sujeito autoconfiante, autorreflexivo e atuante, que perpassa por um nível de reflexão conceitual no qual lhe é permitido criatividade, liberdade, reinvenção.
Portanto, de um lado, este livro pode ser considerado um libelo contra as quimeras preconcebidas acerca do servidor público – aquele que só faz o operacional, mas, de outro lado, poderá ser uma fonte de referência do tudo que esse mesmo servidor sabe criar. Do além a que pode chegar, do quão por meio da sua escritura textual pode quebrar a chara do “não sei escrever”, do quão cada letra posta com outras vai compor a alegoria da sua crônica travestida pela subjetividade versus o fato, podendo vir a dizer “eu posso cronicar”.
Os autores (servidores da UFSC), neste E-Book emblematicamente intitulado Cronicar, consolidam uma experiência de escrita do gênero crônica posto além da performance de um cronista de veia crônica e além da força dos fatos reais em evidência. Os fatos foram capturados por meio de lembranças magnéticas ou desapontos abomináveis de suas cidades ou bairros preferidos e metaforizados com a fugacidade do morder e do assoprar.
Cerca de vinte e sete crônicas compõem os acordes de uma sinfonia textual que foge das veredas formais, quebra a senda do déjà vu, põe à prova estilos e linguagens: uma sinfonia que sinfoniza o canto ufsquiano.
Eu cronico, tu cronicas, nós cronicamos!
Cronicar agora é verbo na Cidade Universitária. A Cidade Universitária compreende o mundo inteiro. O mundo dos servidores, que servem pratos quentes, cardápio variado – os textos desta coletânea.
Aqui a fé se renova em Fátima e na Virgem Maria. Aqui se sabe o que Gramado e Veneza têm em comum. O mistério de seus traços europeus. O sabor do inusitado, do novo e do antigo em harmonia. O olhar curioso em busca de magia. As pedras de Canela e os vidros de Murano.
Aqui um cronista negro do século XXI canta a Nigéria de Osogbo, do Rio Osun, onde mora o peixe que protegeu a filha de Oba. Outro passeia pela História com olhar calibrado no século XX e [re]descobre o Rio de Janeiro da Cara de Cão, do Pão de Açúcar da Colombo, da Lapa e de Santa Tereza. As teclas ligam a antiga Capital do Brasil à atual Capital do Nada, berço do adubo orgânico e de um cronista de marca maior. Também aludem a Capital da Paz – Ponche Verde – Don Ansuateguy- Farrapos, carnaval e alforria.
Partindo do sul chega-se a Araranguá e a sua padroeira Nossa Senhora Mãe dos Homens, seu rio, penhascos e dunas e uma BR-101 que leva e traz sonhos e deixa fluir gente de toda parte do continente. Sim, as distâncias e o tempo são relativos. Também é fato que o trajeto entre nossa casa e o trabalho pode levar horas, pode levar segundos, pode ser de contemplação ou de infortúnio, se ficarmos presos no trânsito da cidade, se ficarmos com o olhar solto de quem sonha.
A escapada de final de semana. O equilíbrio entre o corpo e a alma na pedra que rola para a água – água límpida paradisíaca – Itapirubá. Celebra-se também o amor por sua rua, trajeto, passeio, caminho, estrada que levava a todos os caminhos: um sulco no tempo – do trilho no mato ao concreto sextavado.
De sonho em sonho chega-se à Ilha da magia. Ela é também do Desterro, de Santa Catarina, do Hercílio Luz, da ponte vizinha superfaturada – à noite acendida a tocha da luz olímpica da vergonha – Florianópolis – Barcelona, cheiro de esgoto, cheiro de enganação das próximas reformas. Os 200 mil veículos indo e voltando – as 400 mil pessoas viajando, do pesadelo ao sonho, cotidianamente.
Uma promessa de feli[z]cidade: o mar perto da cidade. O forasteiro chega de transatlântico na ex-santa e bela ilha, ávido por beleza, natureza, a cereja do bolo da civilização – Ó lhó lhó.
Da Santíssima Trindade de Trás do Morro a lembrança do que não se viveu, mas vem aos sentidos pelas pistas deixadas na ambiência. A dúvida entre o sul e o centro: entre a ilha Meiembipe e a terra Anhanguera – a família e o familiar.
A declaração da floripana da gema – manezinha orgulhosa de sua pólis-paraíso. Paraíso? “A cidade depende do mar para tudo”. Seus campos de pêche – sua Campeche.
Sua Lagoa. O refúgio da montanha, a aldeia açoriana cobiçada. A lagoa que é de todos e da Conceição, linda porque come peixe frito com farinha, dorme ainda o sono da beleza e acorda ao som da passarada – sanhaçu, aracuã, canarinho, rolinha.
Cronicar agora é verbo na Cidade Universitária.
Elizabete Gomes e Marcos Baltar
CONHEÇA OS CRONISTAS
O LIvro está disponível em: http://www.bu.ufsc.br/design/e-bookcronicar.pdf
Vídeo da Crônica “CAMPECHE TEM” em: http://www.youtube.com/watch?v=IyIgPnf9uvg
Vídeo da Crônica “LAGOA DA CONCEIÇÃO – A ALDEIA COBIÇADA” em: http://www.youtube.com/watch?v=hHXkFW6xXMI
Vídeo da Crônica“CIDADE UNIVERSITÁRIA, UM MUNDO INTEIRO” em: http://www.youtube.com/watch?v=ixXSFNX3rgU
O Núcleo Margens convida para a palestra: “Do gênero ao feminismo queer: traduções e genealogias?” com o professor João Manoel de Oliveira da Universidade do Minho que acontece no dia 21 de novembro (segunda-feira) às 14h no Auditório do CED. Leia mais »
O Prof. Luiz Antônio Paulino construiu com o apoio das Bolsistas Priscila e Mariana do LABTATE material adaptado para a prova de uma acadêmica do curso de geografia com deficiência visual. O material foi construido, mantendo o mesmo nível do conteúdo; que é escala cartográfica na disciplina de cartografia sem prejuízo na aprendizagem. Aprender sobre escala foi um desafio e ao mesmo tempo uma conquista na obtenção desse conhecimento para a acadêmica. Conforme palavras da Coordenadora do curso, Rosemy da Silva Nascimento, “acreditamos que este início de trabalho conjunto, nos torne eficientes na educação geográfica do ensino superior para este público tão especial que são os Deficientes Visuais”.