Centro de Filosofia e Ciências Humanas

Cultura do cancelamento e do diálogo são temas de debate promovido pela Pós em Educação Científica e Tecnológica

Se a compreensão mais comum associa o negacionismo a um fenômeno anticientífico, a professora Tatiana Roque (UFRJ) sugeriu ontem, durante aula inaugural do CFH, tratar-se de um fenômeno entre a ciência e a política, ou de um pacto entre ciência e política que se esgotou, embora tenha vigorado até pouco tempo atrás.

Tatiana Roque é professora associada do Instituto de Matemática, da Pós-Graduação em Ensino e História da Matemática e da Física e da Pós-Graduação em Filosofia da UFRJ. Tem participado ativamente do debate público sobre negacionismo no Brasil, com artigos publicados na Folha de S. Paulo e nas revistas Piauí e Ciência Hoje.

Segundo Tatiana, o negacionismo atual não decorre de obscurantismo, déficit de saber, de conhecimento, ou ataque à razão, ao esclarecimento científico, como em outros momentos históricos. Antes mesmo de traçar saídas e novos caminhos, a proposta de Tatiana é de focar nas razões, no diagnóstico e na interpretação desse fenômeno científico e político, o “negacionismo”, que ela prefere chamar de “crise de confiança”.

A aula “Negacionismo, ciência e política no Brasil” contou com os comentários de Letícia Cesarino e Alexandre Meyer Luz, docentes do Centro, e foi acompanhada ao vivo por mais de 400 pessoas.

Assista!

“Negacionismo, ciência e política no Brasil” é tema de aula inaugural do CFH

“Negacionismo, ciência e política no Brasil” é o tema da aula inaugural deste semestre letivo no Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFSC. A conferência, no dia 31 de março de 2021 às 19h no canal do CFH no YouTube, será apresentada pela professora Tatiana Roque, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com comentários de dois docentes do Centro, Letícia Cesarino e Alexandre Meyer Luz.

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