O Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH/UFSC) e o Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP/UFSC) convidam para a Aula Inaugural: “Utopia, Trauma e Memória: escrever o impossível”, a ser ministrada pelo Prof. Dr. Edson Luiz André de Sousa (UFRGS e APPOA), no dia 09/09/2022, às 14h, no auditório do CFH.
Teremos a honra de receber o Prof. Edson Sousa para abrir o nosso segundo semestre do ano de 2022, inspirando nossos sonhos, reflexões e escritos. Ante aos desafios do nosso tempo, agravados pela pandemia, essa temática revela-se necessária. Recuperar a dimensão utópica da vida, articulando a memória e as possibilidades de transmissão dos excessos e precariedades, é uma aposta na invenção de um outro amanhã.
“Para ler as cinzas é preciso que elas sejam recolhidas e que possam se desenhar como um texto, mesmo que tenhamos que reinventar uma gramática para que uma leitura seja possível. Sem cinzas, não há texto, sem leitor não há leitura, sem cinzas e leitor não há história, e sem história não há futuro.” (Edson Sousa e Abrão Slavutzsky, 2021)
Programação:
14h: Aula Inaugural
16h: Intervalo
16h30: Sessão de Autógrafos
A organização tem apoio do Acolhe UFSC e do LAPCIP/UFSC.
Se a compreensão mais comum associa o negacionismo a um fenômeno anticientífico, a professora Tatiana Roque (UFRJ) sugeriu ontem, durante aula inaugural do CFH, tratar-se de um fenômeno entre a ciência e a política, ou de um pacto entre ciência e política que se esgotou, embora tenha vigorado até pouco tempo atrás.
Tatiana Roque é professora associada do Instituto de Matemática, da Pós-Graduação em Ensino e História da Matemática e da Física e da Pós-Graduação em Filosofia da UFRJ. Tem participado ativamente do debate público sobre negacionismo no Brasil, com artigos publicados na Folha de S. Paulo e nas revistas Piauí e Ciência Hoje.
Segundo Tatiana, o negacionismo atual não decorre de obscurantismo, déficit de saber, de conhecimento, ou ataque à razão, ao esclarecimento científico, como em outros momentos históricos. Antes mesmo de traçar saídas e novos caminhos, a proposta de Tatiana é de focar nas razões, no diagnóstico e na interpretação desse fenômeno científico e político, o “negacionismo”, que ela prefere chamar de “crise de confiança”.
A aula “Negacionismo, ciência e política no Brasil” contou com os comentários de Letícia Cesarino e Alexandre Meyer Luz, docentes do Centro, e foi acompanhada ao vivo por mais de 400 pessoas.