Semana de Integração do CFH: as atividades de quarta e quinta

04/09/2013 14:07

 

 

04 de setembro, quarta-feira

Onde: Auditório do CFH

10h20– Mesa 7

(Des)criminalização dos Movimentos Sociais  rural e urbano

Révero Ribeiro (mídia alternativa do MST) e Ney Hugo (mídia ninja)

16h20 – Apresentações Orais

(Comunicações)

18h30 – Mesa 8 – Mesa de Encerramento

Repensando a (In)segurança  Pública

Prof. Theophilos Rifiotis (Departamento de Antropologia/UFSC)

 

05 de setembro, quinta-feira

Onde: Lanchonete do CFH

10h – Oficina Pintura da escada do café do CFH

16h – Oficina Stencil e Tie dye

20h – Festival de bandas do CFH

Mesa sobre segurança pública e universidades abre a VIII Semana de Integração do CFH nesta segunda

01/09/2013 19:45

A mesa ocorrerá nesta segunda, dia 2 de agosto, às 10h no auditório do CFH, e contará com a presença da reitora da UFSC, professora Roselane Neckel.

Ainda na segunda duas outras atividades ocorrerão:

às 16h20 – Mesa sobre o Estatudo do patrimônio e o dever de proteger e preservar, com Ana Carolina L. S. da Silva, da UERJ, e Letícia Borges Nedel, da UFSC, na sala 331 do CFH.

às 18h30 –  a Oficina Subjetivação, simbólico e violência, com o  Núcleo de Estudos e Intervenção em Psicodrama André Luiz Cohn da Silveira – Graduando em Psicologia/UFSC  e Mathizy Martins Pinheiro – Psicóloga, na sala 331 do CFH.

Confira aqui a programação completa da Semana.

O tema da segurança pública, em seus vários aspectos, é o foco da VIII Semana de Integração do CFH, que acontece de 2 a 5 de setembro nas dependências do Centro. A Semana de Integração CFH/UFSC é um evento anual que vêm se desenvolvendo desde 2005 a partir de uma iniciativa conjunta da Direção do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina e de todos os Centros Acadêmicos que integram o Centro de ensino. O objetivo é o de promover um espaço de diálogo entre os campos disciplinares das ciências humanas que estão representados neste centro de ensino a partir de temas transversais e contemporâneos e, sobretudo, promover um espaço de integração democrático entre estudantes e professores das distintas áreas.

Neste ano, o tema escolhido desdobra-se em questões como Segurança Pública e Universidade, Segurança e Estatuto do Patrimônio, Violência e Cidade, Segurança na praia, Sistema prisional brasileiro e redução da maioridade penal, criminalização dos movimentos sociais e, por fim, a crise da segurança pública no país. Foram convidados para as atividades pesquisadores/as especialistas no tema, lideranças de movimentos sociais, parlamentares e artistas.

VIII Semana de Integração do CFH: “Você tem medo de quê?”

30/08/2013 08:00

O tema da segurança pública, em seus vários aspectos, é o foco da VIII Semana de Integração do CFH, que acontecerá de 2 a 5 de setembro nas dependências do Centro. A Semana de Integração CFH/UFSC é um evento anual que vêm se desenvolvendo desde 2005 a partir de uma iniciativa conjunta da Direção do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina e de todos os Centros Acadêmicos que integram o Centro de ensino. O objetivo é o de promover um espaço de diálogo entre os campos disciplinares das ciências humanas que estão representados neste centro de ensino a partir de temas transversais e contemporâneos e, sobretudo, promover um espaço de integração democrático entre estudantes e professores das distintas áreas.

Neste ano, o tema escolhido foi o da segurança pública, desdobrado em questões como Segurança Pública e Universidade, Segurança e Estatuto do Patrimônio, Violência e Cidade, Segurança na praia, Sistema prisional brasileiro e redução da maioridade penal, criminalização dos movimentos sociais e, por fim, a crise da segurança pública no país. Foram convidados para as atividades pesquisadores/as especialistas no tema, lideranças de movimentos sociais, parlamentares e artistas.

Nesta edição da Semana de Integração, haverá espaço para apresentação de trabalhos. O prazo para envio dos resumos é 29 de agosto, para o email semanacfh@gmail.com, de acordo com o Edital de Apresentação de Trabalho.

Confira aqui a programação completa da Semana.

“Sistemas de Museus no Brasil” é tema de palestra no MArquE nesta quinta

28/08/2013 21:05

Formação e discussão sobre temas relativos aos museus. Este é o objetivo do projeto “Museu em Curso”, uma realização da Secretaria de Cultura (SeCult) e do Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC (MArquE) – Oswaldo Rodrigues Cabral. A cada mês, é realizada uma palestra voltada para as diversas áreas da teoria e da prática museológica. A edição do mês de agosto ocorrerá no dia 29, quinta-feira, das 16h às 18h, no Auditório do MArquE. O ministrante será o coordenador do Sistema Estadual de Museus de Santa Catarina, o museólogo Maurício Rafael, que proferirá a palestra “Sistemas de Museus no Brasil”. O evento é gratuito e será fornecido certificado.

Quando e onde: dia 29, quinta, das 16h às 18h, no auditório do Museu de Arqueologia e Etnologia

Em aula inaugural do CFH, prof. Luiz Fernando Scheibe alertou sobre as ameaças da exploração do gás de xisto

18/08/2013 15:50

A polêmica sobre a exploração do gás de xisto foi tema da aula inaugural no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) da Universidade Federal de Santa Catarina, que teve como convidado o professor emérito da UFSC, o geólogo Luiz Fernando Scheibe. Realizado na segunda-feira, 12, o evento faz parte da programação de recepção aos calouros do CFH. Participaram alunos dos cursos noturnos de História, Geografia e Ciências Sociais, que lotaram o auditório do centro.

Coordenador do projeto de pesquisa Rede Guarani da Serra Geral e há oito anos estudioso das formações geológicas que caracterizam o Aquífero Guarani, o professor Scheibe falou sobre uma nova ameaça: a exploração do gás de xisto. Em junho deste ano, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) anunciou que irá abrir no próximo mês de novembro o leilão de áreas para exploração de gás de xisto em todas as regiões do Brasil. Uma das áreas localiza-se na camada que fica abaixo do Aquífero Guarani, que é uma das maiores reservas de água doce da América Latina.

Scheibe explica que o gás de xisto, cuja denominação correta é folhelho e também é conhecido como gás não convencional, localiza-se entre as camadas de rocha sedimentar, armazenando-se nos espaços vazios entre as lâminas de argila que a compõem. A rocha que contém o gás de xisto está distribuída por todo o planeta e nos últimos anos um dos maiores exploradores tem sido os Estados Unidos. Na América do Sul as principais reservas estão na Argentina. Um estudo publicado pela agência norte-americana U.S. Energy Information Administration (EIA) aponta que o gás do xisto representa 10% das reservas mundiais de petróleo e 32% das de gás natural.

Para obter o gás de xisto, empresas utilizam o método de extração chamado fraturamento da rocha (shale gas fracking), no qual as diversas camadas rochosas são perfuradas verticalmente até atingir o folhelho. Neste ponto é feita uma perfuração horizontal, para cobrir uma área ampla da rocha. Depois é feita injeção de água aditivada, sob grande pressão, o que provoca o fraturamento e a liberação do gás do xisto, que percorre o duto até a superfície, juntamente com a água aditivada.

Este método de extração tem sido questionado pelos riscos e danos ambientais. “Nos EUA, desde as regiões onde ocorre a extração até a aproximadamente um quilômetro há elevadíssimas concentrações de metano na água”, explica o professor Scheibe. Ele alerta que o processo é caracterizado por uma diversidade de riscos operacionais, como explosões, incêndios, vazamentos, danos aos poços e aos trabalhadores, além dos riscos geológicos e ambientais, como os vazamentos subterrâneos.

O processo de extração exige um volume muito elevado de água, que recebe aditivos para dar aspecto fluidificante e espessante. “Cada poço exige de 15 a 30 milhões de litros de água, e metade desse volume volta poluído à superfície. Já foram identificados mais de 600 produtos que são adicionados à água para melhorar a fluidez do gás no processo de extração, como o álcool etílico, goma arábica”, explica o professor Scheibe. Um dos resultados do processo é o grande volume de água contaminada com enxofre, ferro, manganês e crômio. O tratamento dessa água irá movimentar mercado estimado em US$100 bilhões por ano.

A exploração do gás de xisto representa uma ameaça para o Aquífero Guarani, explica o professor Scheibe. “Aquíferos são rochas porosas que contêm uma quantidade expressiva de água. Em comparação com os rios, a água se movimenta em um ritmo muito mais lento. Ou seja, um rio contaminado pode levar alguns anos até se tornar limpo novamente. Se um aquífero for contaminado, pode requerer um tempo na ordem de milhões de anos para se recompor”, alerta.

Alguns países já proíbem a extração do gás de xisto, como a França e a Bulgária, além de uma província do Canadá. O Conselho Canadense de Ciência já se reuniu para analisar a questão e seu relatório, que ainda está pendente de publicação, deverá embasar as decisões governamentais sobre a questão. Organizações ambientalistas também já se manifestam, como o movimento Artist Agains Fraking, liderado por Yoko Ono e Sean Lennon, que produzindo uma música sobre o tema, “Don´t Frack My Mother” (tradução para Português).

Cientistas brasileiros debateram o tema durante a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada em julho, e decidiram exigir junto ao Governo Federal a moratória do leilão, até que se tenha mais embasamento sobre os riscos ambientais da exploração do gás do xisto.

Em carta enviada no dia 5 de agosto para a presidenta Dilma Roussef, os representantes da SBPC, Helena B. Nader, e da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Palis, pedem para que seja sustada a licitação de áreas para explotação de gás de xisto, prevista para novembro. Os cientistas solicitam que a sustação seja feita “por um período suficiente para aprofundar os estudos, realizados por ICTs públicas, sobre a real potencialidade da utilização da fratura hidráulica e os possíveis prejuízos ambientais”.

Até o momento ainda não há manifestação do governo sobre o assunto. Ao final da aula inaugural, o professor Scheibe pediu para que os estudantes permaneçam atentos às decisões do governo sobre este tema e para o risco que a exploração pode representar para as reservas de água potável.

Sobre o evento

A conferência “Água, Energia e o ‘Gás de Xisto’ como Ameaça Ambiental”, com o professor emérito da UFSC, Luiz Fernando Scheibe, foi realizada no dia 12 de agosto de 2013, no auditório do CFH, e faz parte dos eventos de recepção aos calouros, organizados pela direção do Centro.

Mais informações:

– Apresentação do professor Scheibe em pdf

– Site da Rede Guarani da Serra Geral – SC: http://rgsgsc.wordpress.com/

– Site do CFH: http://www.portalcfh.ufsc.br/


Laura Tuyama / Jornalista da Agecom / UFSC