Conferências sobre uberização e efeitos da pandemia marcam lançamento de seminário sobre futuro do trabalho

20/05/2021 19:48

 

 

Duas conferências online, na sexta-feira (21) às 19h, marcarão o lançamento do ciclo de seminários “O futuro do trabalho: perspectivas latino-americanas”, iniciativa que reúne organizações sindicais, pesquisadores do trabalho na UFSC e a direção do Centro de Filosofia e Ciências Humanas.

O evento terá as conferências de Ludmila Abílio (CESIT/UNICAMP/Brasil), com o tema “Uberização: dominação e resistência dos trabalhadores just in time”, e de Federico Vocos (CITRA/UMET/Argentina), sobre “El movimiento obrero ante la pandemia en la Argentina”.

O ciclo de seminários está planejado para outubro e novembro de 2021 e terá cinco mesas de debate, que irão abordar aspectos do mundo do trabalho sob os impactos da pandemia de Covid-19. Os paineis terão caráter multidisciplinar e a participação de pesquisadores de vários países da América Latina.

Os eventos são promovidos por duas redes interconectadas: uma delas reúne pesquisadores do trabalho na UFSC e outra, organizações sindicais de Santa Catarina, especialmente algumas que têm unidades de formação. Na universidade, a formação da rede é liderada pelo Laboratório de Sociologia do Trabalho (Lastro) e, entre os sindicatos, pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Trabalho Público e Sindicalismo “Fazendo Escola”, vinculado a entidades de trabalhadores no poder judiciário. A articulação entre as redes é iniciativa da direção do CFH.

“A universidade pública deve se reaproximar da sociedade e, em especial, dos setores mais necessitados”, afirma a diretora do Centro, professora Miriam Furtado Hartung. “Trabalhadores e trabalhadoras foram duramente afetados pela ineficácia no combate à pandemia no Brasil e por todo lado medidas do setor público ou de empresas privadas tentam minar ainda mais renda e direitos”, completa a diretora.

Ludmilla Costhek Abílio é doutora em Ciências Sociais pela UNICAMP e investiga as atuais relações entre exploração do trabalho, financeirização e acumulação capitalista, entre outros tópicos. Atualmente é pesquisadora do CESIT, onde realiza seu segundo pós-doutorado, sobre Desenvolvimento, políticas de austeridade e transformações do trabalho no Brasil. Ela pesquisa a uberização do trabalho, com enfoque no cotidiano dos motofretistas na cidade de São Paulo.

Federico Vocos integra o “Observatorio de Condiciones de Trabajo” do Centro de Innovación de los Trabajadores (CITRA), vinculado ao Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas da Argentina. É Doutorando em Ciências Sociais pela Universidade Nacional de La Plata e co-autor de “Metrodelegados. Subte: de la Privatización al Traspaso” (2012) e “Teletrabajo. ¿Otro canto de sirenas? El movimiento obrero frente a una nueva estrategia empresaria” (2004). Pesquisa os ambientes de trabalho e formação sindical.

As conferências serão transmitidas pelos canais no YouTube do Fazendo Escola e do Lastro. O evento é gratuito e admite inscrições prévias, de pessoas interessadas em certificado de participação. Mais informações em: https://futurodotrabalho.paginas.ufsc.br/.

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Nota da direção do CFH sobre o Primeiro de Maio

30/04/2021 19:47

Neste Dia do.a Trabalhador.a, a direção do Centro de Filosofia e Ciências Humanas cumprimenta cada técnico.a e cada docente por sua dedicação à universidade pública e à sociedade brasileira. Nos últimos anos, militantes e lideranças políticas da extrema-direita têm sistematicamente atacado os.as trabalhadores.as do serviço público e, em particular, as universidades federais, mobilizando inesgotável arsenal de mentiras difamatórias, que se somam a medidas diretamente interessadas em promover a precarização – como o congelamento de salários, o corte do orçamento da Educação e a proposta de Reforma Administrativa. A despeito dessa ação sistemática, repercutida por vozes alinhadas ao governo federal nas mídias locais e regionais, os.as trabalhadores.as do CFH continuam empenhados em dar sua contribuição indispensável para que a UFSC seja uma das melhores universidades da América Latina. Queremos reconhecer e valorizar a dedicação nas atividades de ensino, pesquisa e extensão dramaticamente afetadas pela pandemia. Essa persistência e disposição em reinventar a relação com estudantes e colegas mantém viva a nossa conexão com a sociedade, em especial com a população mais pobre e as demandas que ela apresenta à universidade. Nosso trabalho é fundamental para a promoção de um país mais justo, igualitário e solidário. Que venham logo as vacinas, para que possamos estar juntos no próximo Primeiro de Maio.

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Reuniões online promovem acolhida dos calouros em 2020.2

10/02/2021 11:43

A direção do CFH começou uma série de reuniões online para acolher os calouros de 2020.2. O primeiro encontro aconteceu na terça, 9, com a nova turma de Psicologia. Na conversa, a diretora Miriam Hartung e o vice Jacques Mick explicaram o que é um centro de ensino, deram detalhes sobre as políticas de permanência e a situação atual da universidade, estimularam os.as estudantes a se engajarem em núcleos ou laboratórios de pesquisa e esclareceram dúvidas sobre as condições que podem permitir o retorno a atividades presenciais em regime parcial (Fase 2 de combate à pandemia) ou integral (Fase 3). As próximas reuniões serão realizadas nos demais cursos com ingresso de novas turmas no semestre, como Ciências Sociais, Geografia e História. A direção também está em contato com os centros acadêmicos para definir a agenda de temas de interesse estudantil a serem enfrentados em 2021.

 

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Boas vindas!

29/01/2021 12:36

Olá. A direção do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFSC cumprimenta a comunidade de estudantes, técnicos e docentes neste início de ano, em que se combinam o começo do semestre letivo 2020-2 para os cursos de graduação e a continuidade desse semestre para alguns cursos de pós-graduação.

2021 será ainda atípico, em consequência da pandemia. Permaneceremos com as atividades de ensino, pesquisa e extensão em regime remoto ao longo deste semestre letivo e ainda não é possível saber se, depois de maio, haverá condições de transição da Fase 1 (de interdição das interações presenciais no campus) para a Fase 2 (com regras que permitem algumas atividades presenciais em paralelo à vida digital). Além disso, será mais um ano de restrições orçamentárias, de dimensões ainda desconhecidas.

O calendário letivo prevê ainda a realização completa do semestre 2021-1 nos cursos de graduação entre junho e outubro e o início do semestre 2021-2 em outubro, com término previsto para março de 2022. Teremos, portanto, dois semestres letivos e meio em 2021 e 2022 e a expectativa de voltarmos a ter ano letivo coincidindo com ano calendário a partir de 2023. Se tudo andar bem.

Os desenvolvimentos científicos que levaram à criação de vacinas em tempo recorde alimentam em cada pessoa a esperança de retorno à insubstituível experiência didático-pedagógica presencial. Mas a competência dos pesquisadores é, no Brasil, contrabalançada pela expansão do negacionismo e seus efeitos em vários níveis da gestão pública. O combate à pandemia no país produz e ainda produzirá consequências desastrosas, não apenas na tragédia medida pelo número galopante de óbitos e contaminados que ficaram com sequelas de todo tipo, mas também em termos socioeconômicos.

Os conflitos políticos, econômicos e sociais que nosso país enfrentará no pós-pandemia serão desafiantes para uma geração inteira de pesquisadores dedicados a compreender os fenômenos que nos trouxeram a esse ponto e a formular agendas e políticas de transformação. Ao estudar as relações que estão no centro dos nossos problemas, as humanidades nos ajudarão a compreender  causas e consequências da expansão de anti-igualitarismo combinado a anti-iluminismo, essa pandemia das ideias que nos afeta a todos e mantém a universidade pública sob ataque permanente. São tempos de resistência e de reinvenção.

Que cada pessoa de nossa comunidade permaneça com saúde e segurança, cumprindo seu papel com a coletividade – usando máscaras, higienizando as mãos e pensando no Brasil e em seus infinitos dramas.

Florianópolis, 1 de fevereiro de 2021

Miriam Furtado Hartung – Diretora
Jacques Mick – Vice-diretor do CFH/UFSC

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